O rock perdeu não só três monumentais bateristas, mas um trio de reinventores que elevaram o instrumento a patamares inimagináveis.
A precisão e agilidade de Neil Peart transformava o seu kit numa roda de fogo onde emoção, técnica, paixão e precisão se fundiam. Dezenas de milhões de pessoas tiveram o privilégio de assistir nos shows do Rush o espetáculo à parte que o Neil, discretamente, dava no centro do palco do trio que empenou os conceitos vigentes até então de rock fusion.
Reservado, recuado, arisco, Neil Peart não gostava de mídia e o pouco que se conhece dele foiu graças a raras entrevistas e também através de seus livros, especialmente “Ghost Rider: A estrada da cura” e “O Ciclista Mascarado”. Assista o Neil Peart aqui: https://www.youtube.com/watch?v=G3wsMi1TUcc&list=PLtYVnB1nNyz16dI10x_3LGRzCO7z0_Ay8
Aos 67 anos ele se junta a dois outros grandes reinventores da bateria: Keih Moon, do The Who e John Bonham do Led Zeppelin. Moon, morto aos 31 anos em setembro de 1978 desafiou a loja do ritmo a duelar com a guitarra de Pete Townshend com viradas antológicas e jamais, em tempo algum, ter perdido um púnico compasso. Uma boa amostra está no show da Ilha de Wight, 1970. Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YMS47w8hAZ8&t=254s
John Bonham, o Bonzo, morreu aos 32 anos em 1980. Era certeiro, implacável, batia forte, fortíssimo e muita gente achava que ele usava dois pedais de bumbo. Não usava. Era a sua fúria implacável à bordo do Led Zeppelin. Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=oFkzZHIcgFs
Obrigado, Neil Peart. Siga em paz!