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Channel: Coluna do LAM
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Implacável, a internet enterra as rádios em FM

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Não era preciso ser Chico Xavier para prever, no final dos anos 1990, que num curto espaço de tempo as rádios na internet associadas aos serviços de música por streaming (Spotify, Rdio e outros) iriam enterrar as FMs convencionais. É o que já acontece em todo o planeta, segundo todas as pesquisas que mostram as chamadas webradios subindo e as FMs desabando.

No Brasil não é diferente. Com o avanço das webradios, mais os serviços de streaming e a chegada, agora, da Apple Music que contratou a peso de ouro os melhores radialistas ingleses para tocarem o projeto (todos estão morando em mansões bancadas pela Apple em Los Angeles), as FMs minguam. Pìor: em vez de tentarem reagir indo para frente, para cima, ousando, buscando o novo, as chamadas emissoras do “público jovem” e adulto contemporâneo preferem optar pelo atraso, velhas e manjadas fórmulas que ouvinte nenhum aguenta mais.

Para que a Apple não reine sozinha três gigantes vão investir no mercado de rádio: Android (leia-se Google), Spotify e Rdio. Em pesquisa encomendada pela MTV norte-americana foi revelado que o brasileiro é o segundo povo mais curioso do planeta quando o assunto é música. Em primeiro lugar estão os australianos. O que as rádios cariocas (não tive ânimo de ouvir as do resto do país) fazem? Entopem o dial de velharias forçando a já cansada audiência a fugir para a internet.

Ando muito de táxi e ônibus. Nos táxis, aumenta cada vez mais a quantidade de carros sintonizados em webradios via 4G e 3G. Nos ônibus, muitas linhas já contam com wifi. A Via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, tem wifi em todo o percurso. Aí você entra num ônibus e vê a cena; a maioria do passageiros com os pequenos fones de seus celulares espetados no ouvido, ouvindo rádios na internet, ou suas músicas preferias ou streaming. Tudo, menos a mofada velharia e decadência.

A quantidade de rádios na internet é avassaladora. Acesse www.radios.com.br e confira. Tem de tudo para todos: música clássica, missa católica, música folclórica do Afeganistão, atos religiosos em mesquitas do Oriente Médio, enfim vale conferir. Em FM só ouço a CBN e a Bandnews, mesmo assim via internet. Não tenho mais receptor de rádio em casa, nem no carro. Eu e milhões de outros brasileiros.

Em 1995 o genial Alvin Toffler lançou “Powershift: As Mudanças do Poder”. Ao longo de 616 páginas o mestre prova, por A + B, que o século 21 seria regido pelo conhecimento. Bingo, Mister Toffler! Hoje o que difere a qualidade das mídias, das lojas, dos aviôes é o CONHECIMENTO. Subentende-se que os imbecis já estão sendo deletados, como você previu.

Sergio Vasconcellos vai inaugurar no dia 10 de julho a sua “Dial 360 – Music 4 all”, que já transmite em fase experimental em http://www.dial360.com.br/ . Mauricio Valladares é outro que saiu da FM e entrou de sola da Web e arrebenta com o seu programa Ronca Ronca em www.roncaronca.com.br . Eu mesmo voltei ao rádio domingo passado com o programa “Cafofo do LAM”, as 11 da noite na Radio Cult FM Ponto Com (www.radiocultfm.com ) Carlos Mayrink toca a sua Radio Vitrola em www.radiovitrola.net, enfim, poderia ficar a noite e o dia todos citando outros exemplos.

Fato é que a web já impera e as FMs convencionais estão naufragando. Não sou eu quem digo, mas as frias, duras, drásticas e honestas pesquisas. Viva Alvin Toffler! Viva o poder do conhecimento! Viva Powershift! Viva a internet!





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