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Channel: Coluna do LAM
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Xô, baixo astral! Depenando urubus nas redes sociais

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Tempos atrás, meio tarde, meio cedo, estava no Facebook conversando com pessoas visíveis, invisíveis, reais, virtuais. Logo que entrei vi que a caixa de mensagens estava cheia e das oito ou 10, umas quatro eram do mais indigno baixo astral, daquele que faz hiena gemer sem sentir dor.

Percebi logo que as pessoas que estavam depositando ali seus rancores, ódios, complexos, frustrações eram as mesmas, transformando aquele lugar, entre aspas, numa espécie de caderneta de poupança de fracassos, ou lixão da desesperança. Usam as redes sociais para contaminar o ambiente, todo dia, toda hora. Não falo das pessoas que desabafam, que compartilham problemas, aflições, angústias, mas daquelas que são viciadas em tragédias, em negativismo, em pessimismo, provavelmente amantes do jornalismo mundo cão.

O que fiz? Impensadamente deletei todas as hienas da minha lista. Digo impensadamente porque se eu fosse refletir mais cinco ou 10 minutos com certeza ia relevar, argumentando para mim mesmo que “coitado, deve estar passando por uma fase difícil”. Mas, o ato impensado contra-argumentou que tem gente que está em fase difícil desde que nasceu por uma razão muito simples: gosta de gemer. Gosta de reclamar. Gosta de criticar com base do azedume. E, numa boa, com toda a franqueza, eu não sou telhado pra urubu largar barro em cima.

Deletei os personagens e expliquei lá mesmo no Facebook que estava cheio de baixo astral e que, por isso, tinha feito uma devassa em minha lista de “amigos”, degolando vários que, por sinal, não conheço. Sob a montagem visual, escrevi um texto em maiúsculas: “FIZ UMA LIMPEZA NA MINHA RELAÇÃO DE “AMIGOS” AQUI NO FB. DETONEI TODOS OS PESSIMISTAS, NEGATIVÓIDES, GENTE DE MAL COM A VIDA QUE EM VEZ DE PARTIR PARA CRÍTICAS CONSTRUTIVAS DECIDIU OPTAR PELA LAMÚRIA, PELO FARFALHAR DO "DESGRACISMO". BASTA!!! NÃO TENHO MAIS SACO.
EGOÍSMO? NÃO. O NOME DISSO É QUALIDADE DE VIDA. CHATO VOCÊ DIZER QUE ESTÁ CHOVENDO E OUVIR O CRI CRI CRI DOS GRILÓIDES. AÍ VOCÊ FALA QUE ESTÁ UM BELO DIA E CRI CRI CRI. NÃO AGUENTEI. SAÍ DETELANDO, SUAVEMENTE. NUMA BOA. NÃO FOI EXPURGO A LA MAO TSÉ TUNG.”

Para a minha surpresa, no dia seguinte lá estavam 246 comentários apoiando o que fiz. Sim, 246! Ou seja, quando os reis da animação inventaram a hiena Hardy Ha Ha (“ó vida...”) sabiam que havia demanda.

Criticar é fundamental. Por exemplo, um dia desses choveu e o trânsito deu um nóem toda a região metropolitana do Rio. Engarrafamentos, aeroportos com filas, aquele suplício habitual. Muita gente reclamou, com razão.

Logo, não estou condenando o senso crítico, ou o desabafo de um mau momento que todo ser humano tem. Eu limei, passei a foice, nos viciados em baixo astral, “droga” que a meu ver está entre as piores porque é transmitida até pela internet e acaba contaminando.

Estou longe de ser um alienado, daqueles que solta pipa perto de cabos de alta tensão, mas usar redes pessoais, sociais e até pensamentos que servem única e exclusivamente a lamúria, aos horrores, ao “tudo está errado”, tô fora.




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