Assisti mais uma vez ao DVD do derradeiro show do Led Zeppelin em 10 de dezembro de 2007, no Arena 02, Londres e, insaciável, peguei os dois CDS que acompanham o DVD e pus no carro e não dá outra. Só Led Zeppelin nos últimos dias, volume cáustico (vidros fechados) a bordo.
O mais impressionante é que abri meus arquivos aqui no PC para ver o que havia escrito sobre esse show e fiquei chocado quando não vi nada de muito consistente. Um ou outro comentário que postei aqui no blog, mais algumas pequenas críticas que distribuí por aí.
Comprei o DVD + CD duplo em 2013 com muito receio. Receio de encontrar Jimmy Page carcomido, Robert Plant com a voz gasta, John Paul Jones errando, pisando na bola e Jason (filho de John) Bonham perdido. Para a minha agradável surpresa, assim que assisti ao DVD o equipamento desligou sozinho. No final eu estava boquiaberto, apático, entregue aos delírios internos. Constatei naquele momento em que assisti o show pela primeira vez que foi um dos melhores do Led Zeppelin. Por que não o melhor já gravado ao vivo?
Poderia ter sido exagero movido pela saudade. Por isso não escancarei, não vim aqui para o blog e saí detonando como faço agora, em letras garrafais que CELEBRATION DAY É, SIM, UM DOS MELHORES SHOWS GRAVADOS DO LED ZEPPELIN.
O show foi um tributo a um dos maiores executivos da história do disco, o turco Ahmet Ertegun, que morreu em 2006. Ele criou o lendário selo Atlantic Records e assinou o primeiro contrato com o Led Zeppelin. A gratidão do grupo por ele era eterna.
O Zeppelin ensaiou muito para o show e fez questão de tocar as músicas em versões mais próximas possíveis dos originais que ouvimos nos discos gravados em estúdio. E conseguiu.
A princípio, os integrantes não estavam a fim de transformar o show em DVD e disco. Segundo Page, Plant e Jones faltava tempo para se dedicarem ao material mas, fato é, que a pressão do público foi tamanha que o material saiu. E que material! Sintam as músicas que a banda (repito, super afinada e detonando tudo) tocou no Arena 02 para uma gigantesca plateia absolutamente ensandecida:
"Good Times Bad Times" (John Bonham, John Paul Jones, e Jimmy Page) – 3:12
"Ramble On" (Page e Robert Plant) – 5:45
"Black Dog" (Jones, Page, e Plant) – 5:53
"In My Time of Dying" (Bonham, Jones, Page, e Plant) – 11:11
"For Your Life" (Page e Plant) – 6:40
"Trampled Under Foot" (Jones, Page, e Plant) – 6:20
"Nobody's Fault but Mine" (Page e Plant) – 6:44
"No Quarter" (Jones, Page, e Plant) – 9:22
"Since I've Been Loving You" (Jones, Page, e Plant) – 7:52
"Dazed and Confused" (Page; inspirado por Jake Holmes) – 11:44
"Stairway to Heaven" (Page e Plant) – 8:49
"The Song Remains the Same" (Page e Plant) – 5:47
"Misty Mountain Hop" (Jones, Page, e Plant) – 5:08
"Kashmir" (Bonham, Page, e Plant) – 9:07
Primeiro Bis
"Whole Lotta Love" (Bonham, Willie Dixon, Jones, Page e Plant) – 7:26
Segundo Bis
"Rock and Roll" (Bonham, Jones, Page, e Plant) – 4:35
Fundamental assistir/ouvir compulsivamente esse grande clássico do rock, muito melhor, a meu ver, do que o longa metragem “The Song Remains The Same”, de 1976.