Conheço o Ancelmo Góis há muitos anos. Desde as trincheiras do Jornal do Brasil, quando ele editava o então poderoso Informe JB, uma das colunas mais lidas e respeitadas no país e eu era editor de jornalismo da Rádio Cidade.
Ancelmo é carioca até a medula, um dos mais viscerais que conheço. Sambista, ama o Rio com a paixão de quem mareja os olhos na Marques de Sapucaí, briga pela cidade, sua amásia, sua Medusa, beleza e caos.
Desculpem a minha ignorância (imperdoável, admito) mas só recentemente vim a saber o que é Luciano Hang, dono de uma tal Havan. Parece que é um dos mais endinheirados do país.
Ontem o Ancelmo publicou em sua coluna no Globo uma nota sobre esse déspota com sua vestimenta burlesca e o comparou ao Zé Carioca.
Como fã do papagaio, mandei um e-mail para o amigo defendendo a criação de Walt Disney.
Mini biografia de Zé Carioca
Em 1941, Walt Disney esteve no Rio naquele esforço de guerra, etc. Percorreu a cidade e visitou uma favela (ninguém confirma qual) onde viu um papagaio muito falante, conversou com os locais e conheceu um sambista.
De volta ao Copacabana Palace, em sua suíte ele criou Zé Carioca que tinha um nome mais formal, como conta a sua biografia:
Zé Carioca, é o apelido (alcunha em Português de Portugal) do papagaio José Carioca (nos Estados Unidos, também é chamado de Joe Carioca). É um personagem fictício desenvolvido no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney.
Ele é retratado como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o "jeitinho" característico. Sua primeira aparição foi no filme Saludos Amigos, como amigo do Pato Donald.
Impressionado com a técnica de J. Carlos, cartunista que desenhava as versões brasileiras de personagens da empresa na revista O Tico Tico, Disney o convidou para trabalhar em Hollywood, mas o convite foi recusado por J. Carlos.
Segundo alguns jornalistas, Walt Disney criou e enviou o personagem José Carioca para Carlos, dizendo esta ser uma homenagem ao cartunista. Outros especulam que o papagaio foi inspirado no sambista Paulo da Portela, outros que foi inspirado no cavaquinista paulista, José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho, que inclusive dublou o personagem no filme Saludo Amigos. Uso do guarda-chuva pode ter vindo do Dr. Jacarandá, um figura do folclore carioca da época.