A nave está meio em pane, semi perdida na face oculta da lua e, do nada, uma mensagem afaga o ego de tal maneira que tudo muda de cor.
Nada de monocromatismo. Nada de bege. Nada de cinza.
Mensagem amarelo manga. Azul profundo.
A nave está no caminho certo e uma tijolada grosseira de um meteoro bipolar não pode nem deve estragar cinco minutos, cinco anos, cinco vidas.
A mensagem que afagou o ego não sabe, mas levantou a bola da nave de tal maneira que ela quase se sentiu o berço da auto estima, trampolim do alto astral, tobogã da justiça afetiva.
E fez-se o sol na face clara e um arco de esmeraldas abraçou a frase que banhou o vazio:
“Fale com os boçais somente o desnecessário”.
Em tempo:
Olhar colírico
Lirios plásticos do campo e do contracampo
Telástico cinemascope teu sorriso tudo isso
Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido
Na minha adolescidade
Idade de pedra e paz
Teu sorriso quieto no meu canto
Ainda canto o ido o tido o dito
O dado o consumido
O consumado
Ato
Do amor morto motor da saudade
Diluído na grandicidade
Idade de pedra ainda
Canto quieto o que conheço
Quero o que não mereço
O começo
Quero canto de vinda
Divindade do duro totem futuro total
Tal qual quero canto
Por enquanto apenas mino o campo ver-te
Acre e lírico o sorvete
Acrilíco Santo Amargo da Putrificação
- Caetano Emmanauel Viana Teles Veloso-
- Caetano Emmanauel Viana Teles Veloso-