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Para refletir: a política do filho único na China, o melhor para menos em vez de ruim para todos, como é no caso do Brasil; em 25 anos deixaram de nascer 400 milhões de pessoas

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                                                            Praia da Zona Sul do Rio, há dois anos

Em vez de mexer na previdência, a China controla o aumento da população. Assim, não é preciso construir mais hospitais e escolas em ritmo acelerado, comprometendo a orçamento do Estado e elevando o risco de corrupção, já que o super faturamento em obras públicas chegou a ser quase comum por lá. Reduziu em 90% por causa da lei que manda fuzilar políticos que roubam.

A política do filho único foi implantada pelo governo Chinês na década de 1970 com a finalidade demelhoraro sistema de saúde e educação. Segundo a lei, ficavaextremamente proibido a qualquer casal ter mais de um filho. Quem não cumprisse recebia multas estratosféricas. Com a meta cumprida, a China passou a permitir dois filhos em 2015.


Apolitica do filho único conseguiu evitar que a população da China crescessecerca de 400 milhões nos últimos 25 anos. Os críticos da política dizemque quanto mais segue-se a lei, mais abortos são gerados. Além disso, aChina tem uma cultura milenar que dápreferência aos filhos homens que são obrigados amanter os pais quando idosos, de possibilitar-lhes um enterro solene. Somente o filho homem pode ser herdeiro dos bens, porisso, havia muitos casos de abandono de crianças recém nascidas.


Segundo Vivian Oswald da BBC Brasil, amanutenção de crianças pesa no orçamento das famílias, que têm preferido continuar investindo mais e melhor em um único filho. Dezenas de milhares de filhos da chamada nova classe média vão estudar no exterior, principalmente nos Estados Unidos, onde vão aprender inglês e se preparar para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.


No ano letivo 2015-2016, 328.547 chineses frequentavam faculdades e universidades americanas (reconhecidamente caras), um recorde histórico, segundo dados do Instituto de Educação Internacional. "Não sei se vou querer ter um segundo filho. Já não está sendo fácil criar a minha filha de quatro anos. Quero dar a ela o que há de melhor. E ter uma segunda criança significaria ter de dividir com que hoje dou a ela", diz Xiao, de 38 anos, que trabalha na administração de um condomínio em Pequim. Nas áreas rurais, é comum os pais terem de deixar as suas cidades natais em busca de melhores empregos nos grandes centros urbanos para proporcionar uma vida melhor aos filhos. Estima-se que o fluxo migratório chegue a 100 milhões de pessoas.


Foi divulgado um balanço do primeiro ano após a mudança da política de um filho: 17,89 milhões de chineses vieram ao mundo no ano passado, pouco mais do que a população da Holanda. Trata-se de um recorde para a China do século 21. Mas o episódio, que está sendo chamado de "mini-baby boom" por especialistas, ainda não é suficiente para fazer frente ao problema demográfico que o país deverá enfrentar no médio prazo, com o envelhecimento da população e a redução do grupo de trabalhadores na faixa de idade considerada economicamente ativa.


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