Dia 26 o STF vai decidir se mantém ou não a obrigatoriedade de diploma ou de certificado de capacitação para registro profissional no Ministério do Trabalho como condição para o exercício das profissões de artista e técnico em espetáculos de diversões.
Se a obrigatoriedade acabar, a molambada do You Tube, conhecidos como youtubers e de outras cloacas digitais vão invadir palcos, filmes, emissoras de TV, empoderando o pistolão, o exibicionismo, o vazio cênico, a imbecilidade.
Os bons atores e atrizes ralam a vida toda lendo, estudando, fazendo cursos, correndo atrás para tentar uma vaga em peças, musicais, filmes, séries, novelas. Há tempos, um imbecil que já foi global, do tipo exibidinho que se acha ator, disse, com orgulho, que nunca leu um livro. “Não gosto da leitura para o lazer, não fico ‘Nossa, quero ler um romance. Tem várias vezes que eu falo ‘Quero ler uma parada de física’, mas é difícil, me cansa muito a vista assim”, golfou o desinibido rapaz. O boçal andou causando durante um tempo. Atuou em festas de debutantes, fez piadinhas no You Tube e até atuou em novelas.
Levou um pé na bunda por falência múltipla de talento.
É essa cambada que vai ocupar a cena caso o STF decida que não é preciso estudar para atuar. Como se fazer artes fosse coisa de parasita, de vagabundo, de aventureiros. Os palcos, os sets, o mundo artístico exigem base, estudo, cultura, informação. Não basta o sujeito por uma peruca, um vestido curto, salto plataforma, falar fino e dizer que é Dorothy, do Mágico de Oz.
Espero que o Supremo não pise na jaca.